Confusão Extrativismo x Madereiras


Crianças da RESEX do Rio Cautário, em Costa Marques RO.

A extração de madeira das áreas extrativistas de Rondônia continuam sendo motivo de grande confusão, como reflete esta matéria do polêmico jornalista Chico Nery. Segundo ele
"Brasília pode investigar calote de madereiros a extrativistas rondonienses":
"Porto Velho, 2 de Agosto de 2011 – As contas relativas ao pagamento das compensações devidas às populações tradicionais [seringueiros e indígenas] por empresas madeireiras que exploram comercialmente planos de manejos em áreas de preservação e conservação ambiente podem ser pagas, a partir de agora, por mandato do Supremo Tribunal Federal [STF]. (Veja o resto da matéria)"
A medida será tomada a pedido de um grupo de ex-diretores da Organização dos Seringueiros de Rondônia [OSR] que tiveram os cargos “solapados” pelo grupo que comandou a entidade nos últimos vinte anos vinculados ao Partido dos Trabalhadores [PT] e que, inexplicavelmente, acorreram ao PMDB por suposta indicação da secretária do Meio Ambiente, Maria Nanci Rodrigues [ex-militante do Partido Comunista do Brasil]. A maioria foi abrigado na SEDAM.
Conforme o ex-presidente da OSR, o líder seringueiro Adão Laia Arteaga, 40, “fui eleito pelo voto direto da massa de seringueiros que vivem, moram e trabalham dentro das reservas”. Em 2010, durante cumprimento da agenda do pós-eleição em reservas de Machadinho do Oeste, a sede da entidade foi invadida por um grupo liderado pelo vice-presidente apoiado, supostamente, pelos madeireiros Avalone Sossai Farias [Ariquemes], Adilson Pompiak e Flávio da Madeireira Canelinha, em Cacoal.
A dívida da Wood Shopping da Madeira [Grupo Avalone] que detém contratos de exploração de planos de manejos na Reserva Rio Preto-Jacundá já ultrapassa os 1,5 milhões de reais, acrescidos de correção. A empresa entre 2009-10 fez o corte raso de um talhão [500 hectares], beneficiou e exportou para o mercado europeu, japonês e norte-americano em cash. Porém, se nega a pagar as compensações em sua totalidade às famílias beneficiárias.
A denúncia foi feita à Procuradoria-Geral da Pública, Policia Federal, Ministérios Público Federal e Estadual, além da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental [SEDAM]. No documento constam, ainda, nomes dos devedores e das ações ilegais perpetradas pelas empresas que acusadas de extração ilegal de madeiras das reservas, bem como denuncia a omissão de parte dos presidentes de associações e cooperativas em crimes ambientais e fundiários praticados no Estado.
FIERO SABE DE TUDO – Levado à presidência da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia [FIERO], na rodada de negociações com o assessor do presidente Dênis Baú [advogado Gilberto Baptista], Laia Arteaga não obteve apoio para que a entidade convocasse Avalone Sossai e Farias e Adilson Pompiak para que esclarecesse a participação da dupla no calote aos extrativistas rondonienses.
CALA-BOCA - Adão Laia Arteaga – que ainda não foi restituído ao cargo – bateu de frente com o grupo conhecido como “fundadores da OSR” liderado pelo ex-gerente do Instituto Chico Mendes da Preservação da Biodiversidade [ICM-Bio], José Maria dos Santos [ex-garimpeiro, gerente de dragas e de fazendas nos rios Arara e Madeira] perdeu a presidência.
Ele é acusado de ser o autor intelectual da política de apoio dado pelos atuais diretores da OSR a madeireiros e empresas terceirizadas que exploram planos de manejos na maioria das reservas em Machadinho do Oeste, Guajará-Mirim [a extração ilegal de madeira foi suspensa por decisão da Justiça Federal em desfavor do empresário Ademar Suckel, suposto sogro de Agostinho Pastore], Jaci-Paraná e Costa Marques, esta dominada por petistas da Associação de Seringueiros do Rio Cautário [ÁGUA-Pé].
No documento-denúncia, à época, o líder seringueiro chamou a atenção dos procuradores federais para o suposto enriquecimento de “lideres não-seringueiros” que continuam à frente de associações e cooperativas, “enquanto os verdadeiros guardiões das nossas passam fome e embrenham, cada vez mais, na miséria absoluta”.
O dinheiro das compensações que seria destinado às compensações às famílias, segundo o documento, “dificilmente, chega aos beneficiários”. Desde o século passado, as compensações são pagas á conta-gotas, com os valores administrados por “presidentes” que moram nas cidades e com atividade discutível na lida da coleta do látex e no bioma das essências naturais [Copaíba, Andiroba, Pau-Rosa, Preciosa e outros] e frutas amazônicas [Açai, Buriti, Patuá, Abacaba, Camu-Camu, Cubiu e banana].

Xico Nery.
Moradia de seringueiros do rio Cautário, em Costa Marques RO

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