Onde estão os pobres rondonienses

"às usinas de Jirau e Santo Antônio trouxeram mais pobreza que riqueza ao Estado".
Foto e matéria publicadas por newsrondonia
ONDE ESTÃO OS POBRES RONDONIENSES NÃO RECENSEADOS NAS FRONTEIRAS DE BOLÍVIA E PERU 
Gestores sucedâneos de Jerônimo Garcia de Santana [O Homem da Bengala] ainda não se deram ao luxo de dá publicidade aos números que indiquem o contingente nem o perfil de pessoas em situação de vulnerabilidade social e pessoal no Estado. 

Guajará-Mirim, RONDÔNIA, Brasil – O governo do Estado e as prefeituras das faixas de fronteiras com a Bolívia e o Perú, segundo pesquisa independente feita por órgãos eclesiais de caráter independente, ‘não sabem onde estão os pobres ou extremamente pobres rondonienses’. 

SEM ESTRUTURA, TODA A VIDA - Diferentemente dos demais estados, Rondônia não possui, plenamente, uma rede adequada composta de equipamentos exigidos pelo Sistema Único da Assistência Social [SUAS]. Tampouco, há disponibilidade desses números em qualquer censo da população em situação de rua nas cidades e na Capital Porto Velho, aberto aos usuários.
De acordo com dados fornecidos por um grupo de pesquisadores independentes, as áreas mais fragilizadas no Estado em linhas gerais são as cidades de Vilhena, Cabixi, Pimenteiras do Oeste, Alta Floresta, Costa Marques, Guajará-Mirim e parte dos distritos da Capital Porto Velho. 
Nessas localidades, é flagrante a ausência do serviço social em tempo real durante o primeiro atendimento. Nas prefeituras, a solução dada aos casos levados aos prefeitos e a vereadores, ‘é cessão imediata de passagens às cidades mais próximas’, onde, segundo depoimentos de supostos assistidos, ‘fica claro demais a possibilidade de atos de segregação e de assédio moral’.(continua) 
FRAGILIDADE TÉCNICA AVASSALADORA - Da Capital Porto Velho ao interior, em que pese à existência de secretarias, ‘é pífio o pronto atendimento a retirantes e a imigrantes ao primeiro atendimento, como determina as convenções internacionais e tratados nacionais’. Não se tem notícia de que, ‘no Estado exista, funcionando uma Coordenadoria de Gestão de Pessoas, tendo como referências as diretrizes formuladas pelo Sistema Único de Assistência Social [SUAS] e pelo Ministério do Desenvolvimento Social [MDS]. 
Nos municípios rondonienses, em que pese às crises que enfrentam, ‘a válvula de escape, quando potenciais assistidos querem atendimento, as prefeituras os abrigam temporariamente em casas de apoio na Capital’. Distantes, as pessoas vitimizadas, em sua maioria, por conflitos familiares, seriam descartadas mais facilmente e transferidas às responsabilidades ao poder público central. 
A maioria é de pensamento que ‘as secretarias municipais devem sair da mesmice e profissionalizar o atendimento logo na inicial das demandas’. E apontam a falta de ‘sensibilização e um olhar mais amplo às pessoas em situação de risco’, como o cerne do amadorismo dos estudos recomendados pela SUAS. 
Com esse entendimento, afirmam que o Governo rondoniense, através da Secretaria de Assistência Social [SEAS], deve motivar os municípios a implementarem Coordenadorias de Gestão de Pessoas [CGP] sem inviabilizar a dinâmica do atendimento pelas secretaria municipais. Dessa forma, juntos, municípios e o Estado, encurtariam o caminho para Brasília na luta por recursos governamentais. 
Dentre as ações da CGP, de acordo com o cronograma nacional, ‘está à formulação e execução de Política e Desenvolvimento das Secretarias de Assistência Social’. 
Os futuros assistentes sociais desta faixa de fronteira, num breve giro pela cidade, atestaram a presença de pessoas sem situação de vulnerabilidade social e pessoal em logradouros do largo da prefeitura, da Câmara e no retorno da Delegacia de Polícia Federal em direção à Avenida Beira Rio, região de acesso ao entreposto aduaneiro fronteiriço bi-nacional que já disputa com um ranking vergonhoso.
O estudo indica que nos estados nordestinos está um terço dos brasileiros, lá, têm metade dos pobres e dois terços dos indigentes. Os estudos afirmam, ainda, que, ‘o que significa que o problema não seja sério em outras regiões. Afinal de contas, como diz a música, ‘miséria é miséria em qualquer canto’.
No caso de Rondônia e dos municípios, inclusive na Capital Porto Velho, ‘o ranking de pessoas em situação de risco dos anos 2011-13, mesmo que negado pelas autoridades, é extremamente vergonhoso’. O gargalho, segundo coleta de informações, ‘é atribuído às usinas de Jirau e Santo Antônio trouxeram mais pobreza que riqueza ao Estado.

XICO NERY é Produtor Executivo de Rádio, Jornal, TV, Repórter Fotográfico e CONTATO de Agências de Notícias nas Amazônias, Países Andinos e Bolivarianos.

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