Acampados reocupam fazenda de Seringueiras.

Acampamento Paulo Freire 3 de Seringueiras em Outubro de 2012. foto cpt ro

Oitenta famílias do Acampamento Paulo Freire 3 de Seringueiras reocuparam novamente as terras griladas pela Fazenda Riacho Doce em Seringueiras, após o superintendente do INCRA adiar reunião com o grupo. O grupo estava acampado na estrada que dá acesso ao local, nas proximidades da cidade de Seringueiras em Rondônia. 

Apesar de estar por mais de dois anos ocupando e trabalhando pacificamente no local, com numerosas casas e benfeitorias, da área de terra pública de 2.581,047 hectares a justiça federal de Ji Paraná decidiu em abril de 2013 que apenas 816 hectares o INCRA devia ser imitido em posse, tendo 60 dias para realizar o assentamento. Para a desocupação da área o INCRA se ofereceu a aceitar negociar com o fazendeiro em posse da área uma oferta de compra do restante da mesma. 

Após reintegração de posse pela polícia federal os acampados negociaram em agosto um prazo de 90 dias, que venceu o passado dia 21 de Novembro. Após esta data o INCRA marcou sucessivas reuniões com as famílias que foram adiadas sem marcar nova data, anunciando apenas que tinha sido entregue uma avaliação para compra da posse do fazendeiro. A semana passada um dos grupos de sem terra iniciou nova ocupação da área. 

Com o atraso do INCRA e reação do grupo mais  uma vez pode se anuncia complicada a resolução pacífica do conflito. Esta nova ocupação acontece pouco depois do primeiro aniversário da morte de Orlando Pereira Sales, o Paraíba, liderança do acampamento assassinado em 29 de novembro de 2012 em Nova Brasilândia do Oeste. Até o momento o crime não está esclarecido. 

Melhor desempenho teria a polícia de Alvorada, que segundo informações não confirmadas, teria prendido o "Marimondo", o homem que teria agredido violentamente Teolides Viana dos Santos, companheira do Paraíba. Martimar Pereira Miranda, conhecido como Tim, também está preso, suspeito da morte de José Barbosa da Silva, o Zé Albino, na rodoviária de Seringueiras o dia 15 de maio de 2012.

Na reintegração de posse, em outubro de 2012, os acampados viram suas plantações e casas, onde moraram por mais de dois anos, serem derrubadas e destruídas sem piedade. 

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