Guerra entre barrageiros revela que Santo Antônio passou a perna no Ibama

de rondonianews
GUERRA ENTRE “BARRAGEIROS” REVELA QUE SANTO ANTÔNIO PASSOU A PERNA NO IBAMA
O Ibama foi induzido ao erro e emitiu a licença ambiental de operação do empreendimento, considerando a cota de 70,5 metros, "SEM AVALIAR E QUANTIFICAR adequadamente os impactos ambientais desta alteração".
Confira o trecho da reportagem de O Estadão de São Paulo publicada no caderno Economia & Negócios, do dia 28/02.
Segundo o diretor-presidente da ESBR, Victor Paranhos, se a SAE seguisse a regra proposta à Agência Nacional de Águas (ANA), em março de 2012, os impactos em Jaci-Paraná e Porto Velho seriam inferiores ao verificado atualmente. Pela proposta, diz ele, a empresa teria de iniciar a redução do nível do reservatório para a cota de 68,5 metros quando a vazão do rio chegasse a 34 mil metros cúbicos por segundo (m³/s). No dia 3 de fevereiro, o reservatório estava na cota de 70,4 metros e a vazão era de 38.315,68 m³/s.
Segundo ele, se isso ocorrer, os impactos observados agora pode ser ainda pior no futuro. Nas últimas semanas, com á pior cheia nos últimos 100 anos, várias cidades de Rondônia ficaram alagadas, milhares de pessoas desabrigadas e o acesso para o Acre foi interrompido por causa das rodovias inundadas.
O Ibama foi induzido ao erro e emitiu a licença ambiental de operação do empreendimento, considerando a cota de 70,5 metros, "SEM AVALIAR E QUANTIFICAR adequadamente os impactos ambientais desta alteração".
A troca de “gentilezas” do presidente do Consórcio ESBR, o qual o maior acionista é a franco-belga GDF Suez, ocorreu na semana passada em Brasília quando buscava reforçar o pedido feito pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para rever a autorização de aumento da COTA DE 70,5 PARA 71,3 METROS de Santo Antônio. Porém a viagem foi em vão. A Aneel manteve a decisão anterior, que significa um aumento de cerca de 200 megawatts (MW) médios na usina de Santo Antônio. Agora dependerá do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) permitir ou não o aumento da cota, ou se deixar novamente induzir pelo “ERRO”.
Dos políticos de Rondônia, já não se pode esperar muito, pois desde o início das construções as autoridades daqui nem mesmo se posicionaram a respeito da construção ou tiverem a competência de afirmar algo sobre a catástrofe ambiental que invade Porto Velho, com seus distritos embaixo d'água, além dos municípios de Nova Mamoré e Guajará-Mirim, como também alguns Estados bolivianos. E nem sabemos se esses políticos ainda existem. A desmoralização perante a classe politica vai rio abaixo. Na abertura dos trabalhos legislativos, de 2014, era esperada a visita de um representante das usinas para abordar a relação cheia do Madeira, com agravante a alagação dos municípios, mas os mesmos nem as caras deram.
Enquanto isso, quem está pelo menos falando por nós nortistas é o ex-governador e atual senador pelo (PT-AC), Jorge Viana, irmão do governador, Tião Viana, também do mesmo partido.
Enquanto os BARRAGEIROS brigam por algo que tinha dono, o Rio Madeira, dai me veio à mente o conto de STEFHENS COMPRA UMA CIDADE, BABEL, do escritor, Alberto Lins Caldas. Como nós encaixamos perfeitamente nesse escrito. Fomos vendidos pelos políticos daqui e de fora, temos donos, mas ainda não sabemos, e nem mesmo iremos saber. Que triste fim!!

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