Nova assistência técnica para os pequenos agricultores de Rondônia

TEXTO - PROJETO DE RESIDENCIA AGROFLORESTAL PROPÕE SUPERAR AUSENCIA DE EXTENSÃO PARA AGRICULTURA FAMILIAR

Maraemidi Paraguassu De Oliveira
Projeto de Residência Agroflorestal propõe superar ausência de assistência e extensão para agricultura familiar
MDA libera parte do investimento previsto; iniciativa tem apoio do mandato de Padre Ton.

Projeto de Residência Agroflorestal concebido por professores do Departamento de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Rondônia (Unir), campus de Rolim de Moura, cuja concepção e viabilidade conta com a articulação do mandato do deputado federal Padre Ton (PT-RO) desde 2012, terá sua implantação iniciada em breve.
O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), segundo o professor José de Sá, repassou ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) R$ 500 mil para cumprir com o pagamento da bolsa para os 30 residentes que serão selecionados para capacitação em Assistência Técnica e Extensão à Agricultura Familiar (ATEAF).
“Vamos inicialmente fazer um processo de articulação com as entidades de agricultores familiares, que irão contribuir com dez dos trinta residentes a serem selecionados por edital. Esse projeto é muito importante, e vejo como uma iniciativa pioneira para o fortalecimento das cadeias de produção da biodiversidade e formar lideranças regionais para atuar na questão do desenvolvimento sustentável”, diz o professor José de Sá, um dos formuladores do projeto. Os residentes serão profissionais das áreas de Engenharia Florestal, Agronomia e outras especialidades afins.
“Rondônia tem potencial extraordinário, mas a escassez e fixação de recursos humanos qualificados são obstáculos para a produção e difusão de tecnologias na área das Ciências Agrárias. Nossos pequenos produtores, comunidades quilombolas, indígenas e ribeirinhas que se dedicam à produção agrícola e pecuária precisam superar deficiências geradas em decorrência do processo de ocupação na Amazônia, uma delas a exaustão do solo e para isso torcemos para que este projeto realmente proporcione as capacidades técnicas, infelizmente não oferecidas pelo governo do Estado”, diz Padre Ton.
O deputado lembra que apesar dos esforços de técnicos dedicados, a Emater não tem conseguido atender de forma adequada a agricultura familiar. “Tenho feito muitas agendas em Rondônia com os agricultores familiares e assentados da reforma agrária, comunidades tradicionais, e uma das grandes queixas é a deficiência na assistência técnica e extensão rural”, diz Padre Ton. 
Com o valor de R$ 1 milhão, 311 mil e 550, o projeto conta, na outra ponta de financiamento, com o aporte de R$ 800 mil garantidos pelo deputado mediante emenda parlamentar.
A área de abrangência do projeto corresponde aos Territórios da Cidadania e Rural, homologados ou em homologação, que são o Central, Madeira-Mamoré, Vale do Jamari, Rio Machado e Zona da Mata, Cone Sul e Vale do Guaporé (em constituição).
Segundo o professor José de Sá, deverá ser organizada uma aula inaugural do projeto, para a qual serão convidados os parceiros para sua implementação – MDA, Unir, CNPq e mandato Padre Ton. 

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